Ficou agora claro que o empresário venezuelano Guido Antonini transportou uma mala com 790 mil dólares como contribuição de Chavez para a campanha eleitoral de Cristina Kirchner á presidência da Argentina.É mais um episódio da longa lista de intervenções do coronel nos assuntos internos de outros países.Recentemente ameaçou enviar tropas à Bolívia para defender o discípulo Evo Morales e foi veemente rechaçado pelo comandante do Exército boliviano.Quando do incidente entre a Colômbia e o Equador ,a propósito do ataque a um acampamento das FARC na fronteira, o coronel ameaçou mobilizar tropas na fronteira colombiana.Enfim,Chavez é perito em desrespeitar o princípio da não-intervenção que, há mais de um século, é uma das colunas mestras da ordem jurídica continental.
É verdade que frequentemente suas tiradas não passam de fanfarronadas que caem no vazio.Mas ,de todo modo, é estranho que suas intromissões em assuntos de outros países não sejam repudiadas, pelo menos em público, pelos governos da América do Sul.
2 comentários:
O assunto tornou-se muito unilateralmente exposto aqui neste Observatório. O coronel, como é sempre enfatizado nos comentários do dr. Lampreia, é uma designação realmente de uma pessoa que, no momento, dirige o país vizinho. Já assistimos muitas passagens de comando, de governos na A. latina. Não acredito que a designação tenha caráter semelhante aos chamados "coronéis" de um nordeste que pertende ao passado. Mas que o Coronel mudou o quadro político venezuelano, isto sim mudou e outras mudanças ocorrerão, ao estilo de Chávez. O Brasil tem outra postura, tem outras respostas aos problemas sociais. Afinal, inclusão social dá nesta celeuma que a classe dominante perversa, como dizia Darcy Ribeiro, nunca quis enxergar.
Ansio para que mais comentários recaiam no Blog do prof. Felipe Lampreia. Desejo ver mais participação de nossos leitores.
Em tempo, correção: nos comentários acima, onde se lê...pertende, leia-se pertence; onde se lê... ansio, leia-se anseio.
Grato.
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