Evo Morales continua em seu curso de destruidor da democracia boliviana. Empolgado com sua vitória no referendo revocatório, não segue a caminho mais construtivo mas o da confrontação.Assim quer convocar por decreto um referendo para aprovar a constituição que foi votada apenas pelo seu partido e dentro de um quartel militar.
Porém , o bastião democrático que resta , a Suprema Corte, está dizendo não a este caminho e preconizando a submissão do projeto ao Congresso.Resta a ver se Evo vai preferir radicalizar passando por cima da Corte.Como discípulo de Chavez , o mais provável é que faça essa opção, violentado a democracia boliviana que já tem mais de vinte anos.Em lugar de valer-se de sua ampla vitória no referendo para promover o entendimento e ,se possível a conciliação, o presidente boliviano prefere sempre o enfrentamento.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
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Um comentário:
O Brasil mudou. O voto mudou o Brasil, como também a América do Sul. Vive-se saudável clima político jamais visto. Há ambiente, espaço e progresso democráticos nunca vivenciados nesta parte do continente. É Tabaré no Uruguai, Kirchner na Argentina, Lugo no Paraguai, Evo na Bolívia, Correa no Equador, Bachelet no Chile, Chavez na Venezuela, e LULA no Brasil. A democracia, esta palavra tão discutida atualmente mas indiscutivelmente a mais própria para a boa discussão, está sendo posta em cheque em determinados setores parecidos com aqueles do "ancien régime" francês, nostálgicos dos "velhos, bons tempos".
(Não tenho sido leitor constante aqui no blog. Toda vez que fazia um comentário, por exemplo, nas colunas do Aragão, o comentário sumia! desaparecia de fazer gosto. Um deles foi sobre Ernesto Guevara, o Che. Podemos discordar mas conflito nunca comigo, "Vir pacis sum"!).
Retornando, preclaro Analista Político prof. Felipe, a inclusão social está mudando não somente o Brasil como toda a América Latina. Esta tendência é particularmente observada entre nós, país que, segundo estatísticas governamentais, agasalha mais de 50milhões de miseráveis. Alguém tinha de pensar neste problema vergonhoso. De fato, diria que desde 1956 vimos trabalhando esta questão mas acentuou-se, de alguns anos para os dias atuais, a preocupação com os desassistidos. E Lula, de repente, surge com a bandeira montado no cavalo já ensarilhado. É o homem do momento e Deus queira que não seja mais um fiasco. Vivemos de Esperança. Evo Morales faz sua parte. O ilustre Analista se recorda de Antenor Patiño, "el Rey del Estaño"? O "hombre" mais rico da Bolívia e das Américas latinas? que vivia suntuosamente em quintas postuguesas, na intimidade de Salazar? Só para ilustrar um fato "menor"! Pois bem, o Evo é a resposta, a sua maneira, de resolver os problemas sociais bolivianos. Não me alongarei com as ditaduras. Foram mais de 190 golpes de estado nos primeiros 200 anos de "independência". Lembra-se do F Bethlem, general primo do ex-ministro de Geisel! Sugeriu que tomássemos a Bolívia! aí pelos inícios dos anos 50. O ministro, seu primo, fazia questão de dizer que não era seu irmão. Foi um bom ministro de Geisel. É assim, para compreender Evo, Lugo, Correa, Tabaré. Isto, entretanto, não significa estar eu desfilando bandeira nas praças públicas por governo de quem quer que seja. Mas que há Governo, ah, sim, "eso los hay".
Parabéns.
Francisco de Assis Cortez Gomes.
Brasília, Lago Norte.
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