quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A escolha de Palin foi um tiro no pé

Em menos de uma semana ,Sarah Palin já se tornou um passivo para McCain.Teve que desaparecer do noticiário depois de acusações de má gestão no Alasca e questões sobre sua filha
grávida.Mas o problema principal não é Palin mas sim o que sua escolha vai evidenciando:
1) McCain jogou pela janela seu trunfo mais forte -a experiência - ao escolher para vice e potencial sucessora uma pessoa absolutamente inexperiente em assuntos militares e relações internacionais.
2) As acusações contra Sarah Palin revelam que sua escolha foi precipitada e a pesquisa sobre antecedentes insuficiente
Fica cada vez mais claro que ao tentar um golpe de mestre ,McCain deu um tiro no pé.

2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo que foi um tiro no pé, mas do Barak Obama, o tip-tap dancer da midia internacional. Acredito que Sarah Palin sera um fator muito positivo para a vitória de John McCain.

Wendel Souza disse...

Olá embaixador,

Foi mesmo um tiro no pé? Os últimos informes da mídia americana afirmam que, mais de uma semana após a convenção, McCain ganhou e está mantendo uma leve vantagem percentual sobre Obama, e que Palin tem mantido a sua popularidade, arrastando multidões por onde vai. Como consequência, a campanha do Obama está meio que sem saber o que fazer, já que McCain aparentemente roubou sua mensagem de mudança ao escolher Palin como vice.

Entre um candidato que veio da esquerda radical com um vice de língua solta, e o outro candidato com décadas de experiência política, e com uma folha de serviços comprovada, e com uma vice que promete ser o novo Reagan de saias, bem... prefiro o mais do mesmo!

A escolha de McCain, em termos de símbolos, tem muito mais poder do que a retórica de Obama. Obama fala que vai ser o agente da mudança, o arauto de um novo jeito de fazer política. Mas que ações concretas ele executou para isso? Ele escolheu Biden, alguém que está lá em Washington por tanto tempo quanto McCain. Além disso, Obama é filhote da esquerda radical que sempre teve um espaço importante no Partido Democrata, e que ocuparam espaços importantes nas universidades e na mídia esquerdista americana. Hoje, nenhum político liberal americano ganha projeção política sem primeiro pedir as bençãos a esse pessoal. Ou seja, Obama é mais do mesmo, pelo menos no que se concerne à esquerda americana.

Já McCain fez algo que acredito que terá o mesmo ou maior impacto (tanto no Partido Republicano como no establishment político americano) do que Goldwater, que foi o "turning point" que permitiu a eleição de Reagan anos depois. A escolha de Palin sinaliza a direção para onde o GOP precisa ir, e, apesar da inexperiência (Reagan também não era tão experiente assim), ela é uma líder tremendamente carismática e com apelo popular, e sua ascensão certamente implicará no reconhecimento de que numa era pós-Bush, o GOP não está fora do jogo político. Certamente não estará. Hillary que se cuide!