Os problemas dos governos da India e da China com a abertura de seus mercados agrícolas não podem ser subestimados.
A China já está importando 41 bilhões de dólares, um aumento de 28% sobre 2007, para poder satisfazer a demanda de sua nova classe média.Mas as populações rurais colocam fortes pressões para limitar este crescimento das importações que inviabilizaria a oferta nacional,produzida de modo menos eficiente.
Já o governo da India sofre o mesmo desequilíbrio e enfrenta uma revolta armada por parte do movimento naxalita ,uma violenta insurgência maoista,que recruta seus integrantes entre os camponeses pobres.Assim ,se o governo de Nova Delhi aceitasse acordos que liquidassem o setor agrícola ,sua chance de sobrevivência seria nula.
Com estas graves complicações domésticas ,ambos os países estão pouco preocupados em chegar a entendimentos com os países do Primeiro Mundo,que percebem como hipócritas capazes de fazer muitas exigências mas não de reduzir seus subsídios e seu protecionismo agrícola.
sábado, 2 de agosto de 2008
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Um comentário:
É curioso como destoam as versões;Em muitos países da Ásia, e obviamente na China e na Índia, o ocorrido em Genebra foi saudado como uma vitória contra um mau acordo , como a derrota dos países ricos , que tentavam impor a abertura dos mercados agrícolas.Kamal Nath terá sua carreira política impulsionada.
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