Com apenas três meses de governo,Cristina Fernandez de Kirchner já enfrenta os primeiros panelaços.Desde o desastre de 2001/2002 , que não havia manifestações em escala nacional dessa amplitude.
O início do movimento foi dado pelas quatro principais federações agrícolas em protesto contra a elevação do confisco para 44% das receitas da exportação de soja.Com bloqueios de estradas e paralisação da exportação, os produtores rurais já estão causando dificuldades de abastecimento e altas de preços.Por sua vez , o governo recusou-se a negociar e resolveu partir para o ataque acusando os ruralistas de “oligarcas e anti-nacionais” ,na velha tradição peronista.Com este endurecimento de posição, houve também uma nova escalada dos agricultores , com apoios bastante importantes na classe média urbana em todo o país.E o governo por sua vez apelou inclusive para os violentos “piqueteros” , a fim de atacar as manifestações.
Estes enfrentamentos e a subida da inflação – que os analistas já estimam em 27% - já atingem fortemente a imagem do Fernandez de Kirchner. Embora seja mais provável que as manifestações diminuam de intensidade, não há dúvida de que a credibilidade do governo está abalada, como indicam as pesquisas de opinião ,que já lhe atribuem apenas 47% de aprovação.E o inverno que se avizinha pode ser muito complicado pela carência energética do país.Vindo tão cedo no mandato da presidente Cristina, estas questões todas lançam uma sombra preocupante sobre a estabilidade da Argentina.
domingo, 30 de março de 2008
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