sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Putin

Em sua entrevista coletiva de despedida, o Presidente Vladimir Putin esbanjou confiança no futuro da Rússia( e no seu próprio).Por outro lado, usou um tom ameaçador , de grande urso que sai da hibernação, inclusive revivendo os idos da doutrina Breznhev quando ameaçou apontar os mísseis para os países da Europe Oriental que forem longe demais no alinhamento com os Estados Unidos.
Não se pode negar que Putin recuperou a auto-estima da grande nação ,tão malbaratada pelo total fracasso do regime comunista e pelo descontrole e ridículo dos anos Ielstin. Na sua longuíssima conversa com a imprensa , Putin afirmou que tinha traçado um plano estratégico para o desenvolvimento do país até 2020 e que acompanharia sua execução “tão longamente quanto possível”.Confirmou que será o próximo primeiro ministro.
No Ocidente , existe agora uma certa ansiedade com a subida de tom dos russos , que reaviva memórias de confrontação.É preciso não esquecer, entretanto , que ,após a vitória na Guerra Fria , os Estados Unidos trataram a Rússia como um inimigo derrotado e nunca buscaram construir com ela uma parceria estratégica. Fizeram o paralelo com a Alemanha e o Japão de 1945 , países esmagados na II Guerra, que foram forçados a acompanhar todas as orientações dos Estados Unidos.Mas não levaram em conta que a Russia não havia sido derrotada no campo de batalha,nem invadida, nem bombardeada com armas nucleares.
É por isso que , assim que pode reerguer-se , a Rússia voltou a afirmar seu orgulho de super-potência. Putin é tão popular por que é o grande fiador desta volta por cima. Não é de estranhar, assim , que falar grosso seja um instrumento importante para a consolidação do seu poder.

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