A decisão americana de recriar a IV Frota e enviá-la a patrulhar as águas do Atlântico Sul tem sido vista ,por alguns, como uma ameaça ao Brasil seja na Amazônia ,seja nos campos petrolíferos da nossa costa.
Uma frota de 11 navios de guerra,com um porta-aviões, não é evidentemente uma missão de boa-vontade ou de caráter humanitário.É ,antes de mais nada, uma projeção de poder ofensivo dos Estados Unidos,assim como no jogo de xadrez o movimento de uma peça poderosa cria uma pressão sobre determinadas casas, que é preciso levar em conta por ambos os jogadores.
Daí a concluir que os Estados Unidos vão dar o bote sobre a Amazônia ou os campos de pré-sal vai, entretanto, um enorme exagero.Um ataque deste gênero constituiria um ato inominável de pirataria internacional, que encontraria o repúdio e a condenação universal .A esquerda alimenta este cenário- que está presente no imaginário latino-americano desde o tempo das invasões dos marines- para canalizar e fomentar o anti-americanismo que lhe é tão central.
Na prática, a IV Frota é um instrumento de pressão , um aviso aos navegantes e o Brasil certamente não é endereço. Pode-se criticar o instrumento e a oportunidade de sua criação.Mas daí a prever cenários apocalípticos...
sexta-feira, 11 de julho de 2008
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