terça-feira, 22 de julho de 2008

Base americana na Colombia?

Os Estados Unidos podem iniciar em breve conversas com o governo Uribe a fim de procurar estabelecer uma base militar permanente na Colombia .Depois de recriar a IV Frota ,seria dobrar a parada e dar razao a todos os temores (e paranoias) latino-americanas.As autoridades civis americanas precisam conter estes impetos contraproducentes de suas forcas armadas. E Uribe igualmente pois nada teria a ganhar com isso.

5 comentários:

Anônimo disse...

Senhor Embaixador,

Primeiro quero manifestar minha satisfação em conhecer este espaço. Como profissional de comércio exterior e interessado em política internacional, sempre é bom ter contato com as opiniões de gente gabaritada sobre estes temas. Desta forma podemos montar o "mosaico" que ajuda a orientar nossas ações.

Mas vamos ao assunto do post. Parece-me que esta possível base militar americana na Colômbia pode vir mesmo no esteio das ações americanas para "neutralizar" Chávez e uma reedição (em contexto diferente, é óbvio...) do avanço soviético nos idos da guerra fria. Os EUA certamente estão se antecipando.

Os sinais disso estão aparecendo. É claro o desconforto da Rússia com sua posição geopolítica secundária atual (o que não quer dizer "de pouca importância"). Além de não ter mais condições de rivalizar "cabeça a cabeça" com os EUA, a Rússia também vem perdendo espaço (em relação aos tempos de URSS) na África e na Ásia para a China. Na Europa, antigos "aliados" se juntam, um após o outro, à OTAN e à UE. E Na América, Cuba já tem problemas demais para fazer o jogo político russo, e no horizonte deve ser atraída pelo poder gravitacional americano.

Neste contexto, um indivíduo como Chávez cai com uma luva para o ego ferido russo. Esta semana mesmo, o caudilho venezuelano esteve com o "novo" presidente russo e, dizem os jornais, vai às compras militares novamente, estreitando os laços com o Kremlin.

Com este cenário, atrelado à importância que vem ganhando o continente como provedor de recursos naturais e energéticos, só resta aos EUA aumentar sua presença na região, visando evitar o predomínio da Chávez (ainda que um rato militar no momento...) e seus aliados da hora. Não se trata, obviamente, de uma presença no estilo das fantasias esquerdopatas, mas sim de evitar a formação de um completo ambiente hostil aos interesses americanos.

Quem poderia fazer frente à Chávez - o Brasil - não demonstra apetite para isso, demonstrando até simpatia pelos devaneios chavistas, e tem (historicamente, mas acentuadamente no governo Lula) uma postura ambígua em relação aos EUA. Aqui não me refiro a uma postura de afirmação perante à grande potência mas, muitas vêzes, a uma posição oficial que beira o anti-americanismo infantil, que joga, inclusive, contra nossos próprios interesses.

Assim, acredito que na cabeça de Washington restariam duas opções:

1. Apoiar de forma mais pesada o reequipamento militar da Colômbia (seu único aliado confiável na região no momento), correndo o risco de uma virada política no país - situação que tem sido fomentada além doa limites pelos "vizinhos" da Colômbia - e de gerar mais um caso do ex-aliado armado pelos EUA (como o Irá pós-Xá...); ou

2. Estar presente com suas próprias forças.

Acho que esta era a questão, e os americanos escolheram a segunda opção. Se os americanos finacarem os pés em uma base na Colômbia podemos creditar boa parte disso à inação do governo Lula em relação às traquinagens de Chávez. Quem deveria se responsabilizar pela estabilidade na região deu corda à ideologia barata, e fomentou as loucuras de um protoditador financista que só quer expandir sua área de influência, usando de polarização política e de um clima de instabilidade para a democracia regional.

Espero que os empresários de verdade na região (não os que mamam nas tetas do estado...) acordem para isso e usem de pressão para mudar esta postura dos governos locais. Fazer negócios sob a tutela de caudilhos não traz ganhos permanentes para ninguém, além das quadrilhas que se aboletam nos aparatos estatais que estes populistas controlam. Quem vende e compra na Venezuela sabe do que estou falando...

Saudações,

Marcelo-SP

Anônimo disse...

Só mais uma coisa, Embaixador. O Noblat comentou um de seus post lá no blog dele. Vai chover de esbirros do petismo mal-educado para emporcalhar a área de comentários. Um conselho de quem não o conhece, mas o respeita: ou feche a área de comentários, ou passe a filtrá-los.

Saudações,

Marcelo-SP

Felipe Lampreia disse...

Muito obrigado por seu comentario.Gostaria de aprofundar a conversa.Por favor entra em contato

Anônimo disse...

Caro embaixador,
sou repórter do portal estadao.com.br e gostaria de entrar em contato com o senhor. Se possível, entre em contato pelo e-mail caio.quero@grupostado.com.br

abs.
Caio Quero

Anônimo disse...

Prezado Embaixador,

Sou o Marcelo-SP. Podemos manter contato pelos comentários ou há algum e-mail institucional que posso acessar?

Posso também enviar meu e-mail em um comentário que não seja publicado. Sabe como são as coisas... Uma vez, equivocadamente, publiquei um de meus e-mails e a conta "foi para o brejo" pela ação dos contrários a minha opinião, hehehe...

Saudações,

Marcelo